Epilepsia e uma doença neurológica crónica, que pode ser progressiva, principalmente quando relaciona com alterações cognitivas, frequência, e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, e afecta cerca de 1% da população mundial.
Uma crise convulsiva, ou ataque epiléptico, é uma descarga eléctrica cerebral desorganizada que se propaga por todas as regiões do cérebro, levando a uma alteração de toda a actividade cerebral.
O que pode provocar um ataque epiléptico? Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (algumas pessoas têm ataques quando vêem televisão, jogam no computador ou frequentam discotecas); privação de sono; ingestão alcoólica; febre; ansiedade; cansaço; algumas drogas e medicamentos; etc.
Uma crise epiléptica divide-se em três fases distintas:
1. Fase Tónica: o doente começa por dar um grito, em seguida perde a consciência e cai no chão. Imediatamente os seus músculos começam a contrair, contracção essa que dura entre 10 a 20 segundos.
2. Fase Crónica: todo o corpo da vítima sofre uma série de tremores impossíveis de controlar, com sucessivas contracções e descontracções de toda a musculatura. Este período dura entre 30 a 120 segundos, a respiração pára, o pulso acelera e a produção de saliva aumenta.
3. Fase Pós-Crítica: neste momento as convulsões já cessaram, surge o relaxamento muscular que, em algumas situações, pode levar a uma falha involuntária dos esfíncteres e a urina involuntária. O doente recupera a consciência sem se lembrar do sucedido, geralmente confuso e sonolento. Esta fase pode durar entre 2 a 25 minutos.
Um ataque epiléptico caracteriza-se por alguns dos seguintes sinais e/ou sintomas:
• movimentos bruscos e incontrolados da cabeça e/ou extremidades,
• perda de consciência com queda desamparada,
• olhar vago, fixo e/ou “revirar dos olhos”,
• “espumar pela boca”,
• perda de urina e/ou fezes,
• morder a língua e/ou lábios.
Procedimentos a adoptar:
• Afastar todos os objectos onde a pessoa se possa magoar;
• Proteger a vítima contra os traumatismos, amortecendo a cabeça com almofadas ou casacos ou ainda com as mãos;
• Ter o devido cuidado para não colocar os dedos na boca da vítima durante a crise.
• Tomar o ambiente calmo afastando os curiosos;
• Anotar a duração da convulsão;
•Acabada fase de movimentos bruscos colocar a pessoa na Posição Lateral de Segurança;
• Manter a pessoa num ambiente tranquilo e confortável;
• Enviar ao Hospital sempre que:
- for a primeira convulsão
- durar mais de 8 a 10 minutos ou se repetir
O que não se deve fazer:
• Não se deve deslocar a pessoa ou tentar levantá-la no momento crítico, excepto se o local for perigoso.
• Não se deve restringir os movimentos do sinistrado pela força ou tentar acordá-la.
• Não se deve dar-lhe de beber até ter a certeza de que o doente está completamente desperto.