3.19.2010

Envenenamento


O Envenenamento é conhecido como o efeito produzido no organismo por um veneno, quer este seja produzido por via digestiva, por via respiratória ou pela pele.

Assim podemos classificar dois tipos distintos de envenenamento: envenenamento por ingestão e envenenamento por via respiratória.

Dentro dos envenenamentos provocados por ingestão de substâncias podemos dar maior ênfase aos que são provocados por produtos alimentares, ingestão de medicamentos e ainda por produtos tóxicos.

Os envenenamentos provocados por produtos alimentares podem apresentar sintomas como arrepios e transpiração abundante, dores abdominais, náuseas e vómitos, diarreia, vertigens e ainda agitação e delírio. Na presença destes sintomas, deve-se interrogar a vítima no sentido de tentar perceber a origem do envenenamento e seguidamente manter a vítima confortavelmente aquecida.

Se por outro lado, o envenenamento for provocado por ingestão de medicamentos, o indivíduo pode apresentar sintomas tais como vómitos, dificuldade respiratória, perda de consciência, sonolência e confusão mental, sempre dependendo do tipo de medicamento ingerido.

Outro indivíduo deve ser responsável por interrogar a vítima no sentido de tentar obter o maior número de informações acerca do tipo de envenenamento e pedir urgentemente orientações médicas, mantendo simultaneamente a vítima confortavelmente aquecida.

Quando falamos em envenenamento provocados por produtos tóxicos, referimo-nos a detergentes e outros produtos de limpeza, bem como o álcool puro, amoníaco, pesticidas e produtos de uso agrícola.

Um indivíduo envenenado por este tipo de produtos, pode apresentar sintomas tais como vómitos e diarreia, espuma na boca, faces, lábios e unhas azulados, delírios e convulsões e inconsciência, sempre dependendo da natureza do produto ingerido. Tal como nos restantes envenenamentos, um outro indivíduo deve tentar obter informações sobre o sucedido e procurar ajuda e orientação. Se se tratar unicamente de álcool, deve-se dar á vitima uma bebida açucarada e em caso de queimadura, deve-se molhar os lábios suavemente.

é importante salientar que nunca se deve dar de beber á vitima, pois pode favorecer a absorção de alguns venenos e ainda provocar o vómito.

Se a vitima apresentar intoxicação, deve ser transportada com a máxima urgência para o hospital, devido á gravidade da situação.

Se o envenenamento for provocado por via respiratória a vítima começa por sentir um vago mal-estar seguido de dor de cabeça, zumbidos, tonturas, vómitos e uma apatia profunda que a impede de fugir do local onde se encontra. A este estado segue-se o coma, se a vítima não for rapidamente socorrida.

Neste caso, o indivíduo que ajuda deve entrar na sala contendo sempre a respiração e abrir uma janela. Numa segunda tentativa, deve arrastar a vitima para o exterior, colocando-a em local arejado e desapertando lhe as roupas, fazendo ventilação assistida se necessário.

Apesar de apresentarem sintomas variados, uns com maior gravidade do que outros, em todo os casos de envenenamento, a vitima deve ser transportada com alguma urgência para o hospital, de modo a ser vigiada e correctamente assistida por assistentes de saúde.

3.10.2010

Embriaguez

A maioria dos portugueses aprecia uma cerveja gelada num dia quente ou um copo de vinho ao jantar. Esta é uma atitude responsável em relação ao álcool, que funciona como lubrificante social e torna a vida um nadinha mais agradável.

Mas a embriaguez é diferente, esta pode causar vómitos, tremores, respiração lenta e irregular, perda de percepção e de sentido de orientação, perda de equilíbrio, soluços, falta de discernimento, dificuldade de coordenação, pele fria, pálida ou azulada… É um problema público que potencia graves riscos para a saúde pois o excesso de álcool diminui a quantidade de oxigénio que chega ao cérebro, podendo interromper funções orgânicas vitais.

A embriaguez no jovem adolescente é mais uma questão de afirmação do que vício mas os riscos são ainda piores, visto que, o cérebro continua a desenvolver-se até depois dos 20 anos e por isso jovens que bebem demais podem perder quantidades significativas da capacidade mental pois matam neurónios, que são os guardas da inteligência.

A tabela dos graus de embriaguez divide-se em: embriaguez clínica leve (0,4 a 1 g de álcool por 1 litro de sangue) e moderada (1 a 3 g). De 3 a 5 g já se trata de coma alcoólico e acima de 5 g estamos perante a dose fatal. A partir de 1 grama, 10% da população sente claros sintomas de embriaguez, essa percentagem sobe para 50% com 1,5 e para 100% com 2,0. Estas variações devem-se à tolerância, isto é, à maior ou menor capacidade que uma pessoa tem de ficar embriagada. Esta tolerância depende de vários factores constitucionais ou circunstancias, tais como: peso, idade, altura, hábito de beber, estado emotivo, cansaço, sono, ritmo da ingestão da bebida, absorção gástrica. . .

A partir de uma taxa de alcoolemia de 0,3 a condução é afectada pois há já redução no tempo de reacção, na concentração e na acção psicomotora. A partir dos 0,6 já há risco acrescido de acidentes, dada a dificuldade de travar numa emergência.

Para terem uma ideia: um whisky em estômago vazio pode causar uma taxa entre 0,67 e 0,92; uma cerveja após a refeição entre 0,23 e 0,29; três aperitivos chegam aos 0,9 e dois copos de conhaque a 1,0. Para atingir uma taxa de 2,89 seriam precisos, por exemplo, dois whiskies duplos, um litro de vinho de 12 graus e um litro de cerveja.

O nível legal de alcool por litro de sangue é 0,50g

O indivíduo ao começar a sentir-se embriagado não deve: conduzir nenhum tipo de veículo, operar máquinas, beber mais álcool, ficar sozinho, andar por sítios escuros e pouco frequentados (propícios para assaltos, violações...)...

O indivíduo ao começar a sentir-se embriagado deve:
  • beber água (se possível com açúcar),
  • comer (de preferência algo açucarado - para manter os níveis de glicemia),
  • repousar na posição de lado para evitar a sufocação pelo vómito.